sexta-feira, 19 de março de 2010

Justiça deve decidir destino de criança retirada da mãe A justiça deve decidir nesta quinta-feira (18), à tarde, o destino da menina. A separação foi

18.03.2010



Dois dias e meio depois da separação, Dervana Dias estava ansiosa para o reencontro com a filha. O choro era de emoção. Mãe, pai e filha pareciam se entender. Os parentes também pegaram a criança.

A criança foi retirada dos pais por determinação da justiça na última segunda-feira e levada para um abrigo. De acordo com uma denúncia anônima ao Conselho Tutelar, a mãe e as outras ciganas pediam dinheiro na rua, no centro de Jundiaí, e usavam a menina para sensibilizar as pessoas.

Os pais negam esta versão. O tio da menina falou sobre o estilo de vida dos ciganos. “A gente se sente feliz viajando, botando as malas no carro e indo de cidade a cidade, acampando, vendendo. Se você colocar alguém num prédio cheio de ouro, a gente não quer. A gente se sente feliz viajando e as crianças são todas saudáveis, porque a gente respira um ar puro”, fala Divino Dias, comerciante.

Mãe de dois filhos e avó de três netos, a inspetora da Guarda Civil Metropolitana, Ísis Regina de Abreu Fernandes, falou ao portal de notícias da Globo. Foi a guarda tirou a criança dos braços da mãe.

"Ninguém acredita realmente que existe algum prazer neste ato. Se alguém pensa, em sã consciência, que eu tive que tomar essa atitude com agrado, isso é impossível. A gente se coloca no lugar, tem aquela empatia pela mãe, mas infelizmente eu estava lá como profissional. Havia uma determinação que eu tinha que cumprir".

Nesta tarde os pais da menina terão uma audiência na Vara da Infância e Juventude, no fórum de Jundiaí. Eles vão tentar explicar ao juiz que não pediam dinheiro na rua como foi denunciado ao Conselho Tutelar. Vão dizer também que têm condições de criar a filha.

“Espero que o juiz libere minha filha. Eu tenho condição de criar minha fila”, diz Dervana Dias, mãe da criança.

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